Notícias

Confira uma linha do tempo sobre à venda de imóveis no Brasil

18/03/2016 - Mercado Imobiliário

Mercado imobiliário brasileiro vive incerteza da economia, mas existe perspectivas de melhoras
O mercado imobiliário brasileiro viveu a última década de muito dinamismo e passou por duas fases bastante distintas. Primeiro, acompanhando o ciclo econômico do país em alta, experimentou um forte crescimento e registrou o auge da prosperidade. Porém, com a desaceleração da economia brasileira nos anos mais recentes, entrou em uma curva descendente significativa. E agora, quais as perspectivas para o mercado imobiliário?

Em 2008, a crise imobiliária dos Estados Unidos refletiu de forma negativa em todo o mundo. Foi justamente neste pós-crise que a economia brasileira começou a dar sinais de prosperidade e o mercado imobiliário seguiu a mesma tendência. Afinal de contas, com uma economia fortalecida e estável, há uma melhora na empregabilidade, na renda e na confiança do consumidor com o futuro, características que garantem condições propícias para o investimento em um imóvel.

De acordo com levantamento global feito em 54 países pelo Banco de Compensações Internacionais (BID, na sigla em inglês), instituição que funciona como o banco central dos bancos centrais, a valorização imobiliária no Brasil foi de 121% nos cinco anos seguintes ao período pós-crise de 2008. Entre 2008 e 2011, a valorização anual ficou acima dos 20%. “Acompanhando a valorização imobiliária também houve a expansão significativa no crédito para aquisição de imóveis. E a alta demanda pressionou também a valorização dos preços dos imóveis”, afirma o economista Marcelo Barros.

mercado_imobiliario

Mercado imobiliário teve auge e queda. Momento agora é de incertezas (Foto: Reprodução/Shutterstock)

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), houve um incremento de 42% no volume de financiamentos para construção e compra de imóveis em 2011 comparado com 2010, somando R$ R$ 79,9 bilhões. Foram financiadas 493 mil unidades, 17% a mais que o ano anterior. Já o valor dos imóveis subiu 26%, de acordo com o Índice FipeZap.

Como a economia se manteve em uma crescente, com baixo desemprego, crescimento da renda e baixa inadimplência, a liberação do crédito imobiliário continuou em expansão nos anos seguintes. Em 2012, houve mais um incremento nos financiamentos, totalizando R$ 82,8 bilhões, alta de 3,6% sobre 2011. Em 2013, os números bateram recorde, atingindo R$ 109,2 bilhões, 32% a mais do que no ano anterior. Foram financiados 529,8 mil imóveis, alta de 17% ante os 453,2 mil de 2012.

“Porém, a partir de 2013, a economia começou a dar sinais de desaquecimento e começou um novo cenário com uma curva descendente, principalmente em 2015”, ressalta Marcelo Barros. Em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, foram realizadas muitas obras de infra-estrutura nas cidades-sede e houve valorização de bairros mais próximos de onde essas melhorias foram feitas. Porém, já se ouvia falar em supervalorização dos preços dos imóveis e na construção se desalecerando para se adequar à demanda.

Neste ano, já não foi registrada tanta alta nos financiamentos, segundo a Abecip. Foram financiadas 538,3 mil unidades, encerrando o ano em estabilidade, com aumento de 1,6% em relação a 2013. Porém, somando todo o período o número representa um crescimento de quase 800% em nove anos até 2014. Em relação aos números, os financiamentos somaram R$ 113 bilhões e o incremento de 5,3% sobre o ano anterior se deu graças ao aumento dos preços.

crise_mercado_imobiliario

Economia instável e momento político deixa o momento ainda mais delicado (Foto: Reprodução/Shutterstock)

Em 2015, no entanto, houve um agravamento na situação do mercado imobiliário brasileiro, puxado pelo enfraquecimento na economia nacional, além das incertezas políticas. “Se no primeiro momento, em um ciclo econômico crescente havia crédito imobiliário mais barato e uma demanda em alta, agora houve uma inversão desses fatores, já que os juros estão altos e o crédito mais escasso”, revela Eduardo Zylberstajn, coordenador do Índice FipeZap.

No ano passado, as taxas de juros para financiamento de imóveis tiveram um aumento por conta da grande retirada da caderneta de poupança e os depósitos mais limitados nesta que é a maior fonte de financiamento imobiliário do país. Soma-se a isso a instabilidade da economia brasileira e do cenário político. “O desemprego e a inflação estavam em alta e é preciso lembrar que o crédito imobiliário é de longo prazo e, com qualquer instabilidade, as pessoas tendem a adiar o projeto da casa própria”, diz Zylberstajn.

Além disso, foram implementadas mudanças nas regras de financiamentos e para os imóveis usados o limite de financiamento passou de 80% para 50%, obrigandoo consumidor a dar uma entrada maior. Segundo dados da Abecip, os financiamentos alcançaram R$ 75,6 bilhões no ano passado, uma queda de 33%. Foram financiadas 342 mil unidades, devido à baixa nas vendas e nos lançamentos.

O resultado final é que, em 2015, o preço dos imóveis no Brasil teve queda real, já que teve valorização de 1,32%, aumento que ficou abaixo da inflação registrada no ano. “As incorporadoras realizaram promoções, ofereceram descontos e tiveram menos lançamentos, já que o mercado estava relativamente parado”, explica o economista Marcelo Barros.

imovel

Especialistas afirmam que em 2016 a situação deve melhorar (Foto: Reprodução/Shutterstock)

E o que esperar?

linha_do_tempo_imoveis

Na linha do tempo é possível conferir o quanto caiu os valores de financiamento no Brasil desde 2008 (Foto: ZAP em Casa)

A economia brasileira ainda está bastante instável, o que influencia negativamente o mercado imobiliário. “O setor depende de como está o cenário do país e não dá para falar em uma melhora econômica. E o cenário de instabilidade na política também contamina a confiança”, reforça Eduardo.

Isso significa que a dinâmica econômica é um termômetro de como será o mercado imobiliário. No entanto, de acordo com o economista Marcelo Barros, o cenário ainda se mostra adverso a curto prazo. “A perspectiva é que haja mais queda no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2016”, afirma.

No entanto, existem boas expectativas já para o próximo ano. “Se a economia começar a se ajustar e o Governo Federal começar a organizar não só as questões econômicas como também as políticas, a tendência é o mercado imobiliário pode apresentar uma melhora em 2017 porque uma economia ajustada vai trazer mais confiança no futuro e vamos voltar a ter crédito disponível”, conclui Marcelo.




Fonte: Revista Zap

Outras Notícias

Um imóvel comprado antes do casamento, mas que a escritura e registro foi feito durante o casamento entra na partilha em caso de divórcio?

No momento do divórcio e partilha de bens surge a dúvida do que determina a partilha do bem: o momento da compra ou o momento que &eacut...

Ainda não me divorciei. O que acontece se eu comprar um imóvel?

É comum que pessoas casadas ao decidirem não mais manter a união não regularizarem o fim da união. Então o...

VALORIZAÇÃO DOS FUNDOS IMOBILIÁRIOS EM 2024!

A aprovação da reforma tributária e a diminuição da taxa de juros tendem a impulsionar os investimentos em fundos i...

A construtora pode cobrar taxa para transferir o contrato de imóvel?

Imaginemos a seguinte situação: você comprou um imóvel na planta e decidiu transferir este contrato para uma outra pessoa. ...

É o locador ou locatário que deve pagar taxa de religação de água ou energia?

1 O locador pode entregar o imóvel locado sem a luz e água ligadas? A lei do inquilinato afirma que o locador deve entregar o im...

Como Serão os Preços de Imóveis no Brasil em 2024?

O mercado imobiliário é um reflexo dinâmico das tendências sociais, econômicas e tecnológicas do país. P...

OS CUIDADOS AO SE COMPRAR UM IMÓVEL NA PLANTA!

O patrimônio de afetação, introduzido pela Lei 10.931/04, é um instrumento que isola o terreno, seus direitos e obriga&cced...

A TENDÊNCIA DE MICROAPARTAMENTOS

No contexto do crescimento populacional nas grandes metrópoles, tem se tornado cada vez mais comum a presença de microapartamentos e est...

Contrato de locação vencido tem validade?

Quando o contrato de locação termina o prazo, o que acontece? O contrato continua ou não válido? O que acontece com o ...

Quem são meus herdeiros se não tenho filhos?

Como muitos falam, a morte é a única que todos nós temos na vida. É assunto delicado, que muitas pessoas não gostam...
   
Principal
O Corretor
Notícias
Parceiros
Links Úteis
Financiamento
Busca personalizada
Programa Casa Verde e Amarela e Programa Casa Paulista
Dados da cidade de São Carlos/SP
Serviços prestados
Tabela de Honorários de Avaliação Imobiliária
Tabela de Honorários de Corretagem Imobiliária
Prêmio por indicação
Frases e Pensamentos
 
de
Um imóvel comprado antes do casamento, mas que a escritura e registro foi feito durante o casamento entra na partilha em caso de divórcio?
de
Ainda não me divorciei. O que acontece se eu comprar um imóvel?
de
VALORIZAÇÃO DOS FUNDOS IMOBILIÁRIOS EM 2024!
de
A construtora pode cobrar taxa para transferir o contrato de imóvel?
 
 Newsletter
Cadastre seu e-mail e receba novidades exclusivas.
4491 Repita ao lado:
redesp_instagram.png
Informe o número correto
icone-whatsapp 1
 
 

LUCIANO VAZZOLER  -  RUA FELIPE SCHIAVONE 269 
PARQUE DOS TIMBURIS - 13569-703, SÃO CARLOS/SP                      
SE HABLA ESPANÕL / SPEAK ENGLISH
CRECI 105923 F = CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS                                                                   

CNAI 10609 = CADASTRO NACIONAL DE AVALIADORES DE IMÓVEIS                                                                                     
EX-RELATOR MEMBRO DA CEFISP (COMISSÃO DE ÉTICA E FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL)  

E-MAILS: luciano@imoveisdesaocarlos.com.br                               
                                      ou
                      
                         v
azzoler@creci.org.br     

Site para Imobiliarias
Site para Imobiliarias